Discriminação positiva das mulheres na sua participação na vida política ativa – razões para um não

segunda-feira, dezembro 12, 2011



A minha opinião relativamente a este tema mudou, pois anteriormente era a favor da discriminação positiva e após o debate, que decorreu no âmbito da disciplina de AEC, fiquei contra.
Vários argumentos me fizeram mudar de posição em relação ao tema. De entre esses argumentos está que, ao ser adoptada, a discriminação positiva das mulheres estaria sempre lançada a sombra da dúvida sobre o seu mérito e valor próprio para ocupar um lugar que lhes seria reservado em função do sexo. Com este argumento, supõe-se que deve ser o mérito e não o sexo, ou qualquer outro atributo, o critério a seguir na atribuição de cargos políticos.
Outro argumento que me faz ser contra é que ao existir medidas que favoreçam as mulheres, automaticamente estão a prejudicar os homens. Penso que é injusto, pois os homens não têm qualquer tipo de responsabilidade pelo facto de termos sido no passado discriminadas negativamente.
A discriminação positiva tem consequências socialmente indesejáveis: como não se escolhe em função do mérito para ocupar um lugar, mas em função do sexo, resultarão prejuízos para a colectividade porque não são os melhores os escolhidos.
Por último, outro argumento que me faz ser contra a discriminação positiva é que na minha opinião a discriminação positiva não é necessária porque a discriminação negativa é ilegal. Cada pessoa tem de lutar contra isso, não sendo preciso favorecer as mulheres, pois se estas não se candidatam a cargos políticos é porque não estão interessadas.
Em suma, penso que ao existir discriminação positiva em relação às mulheres, estamos a praticar a discriminação negativa em relação aos homens. Se as mulheres querem direitos iguais, para quê serem privilegiadas em relação aos homens?
Já andamos há séculos a lutar por direitos iguais, mas mesmo assim temos o Dia Internacional da Mulher, no que sou totalmente contra, porque parece que esse dia é para nos acharmos “superiores”, se queremos direitos iguais entre géneros não deveria existir esse dia.
Assim nunca teremos uma sociedade igual em direitos de géneros! Quando haverá realmente a igualdade entre géneros?



Catarina Alves, 12ºCPAS

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