Filosofia em Tempos de Crise

terça-feira, março 01, 2011

No passado dia 23 de Fevereiro, os alunos do 10º (Turmas A e B) e 11º Anos (Turma B e Cpas) tiveram o privilégio de assistir a uma profunda reflexão sobre o sentido e pertinência da Filosofia na existência humana.


A atitude filosófica inicia-se indagando: o que é? Como é? Por que é? Dirige-se ao mundo que nos rodeia e aos seres humanos que nele vivem e com ele se relacionam. São perguntas sobre a essência, a significação e a origem de todas as coisas. Porém, não somos apenas seres pensantes; somos também seres que agem no mundo, que se relacionam com os outros seres humanos, com os animais, plantas, coisas, factos e acontecimentos, exprimindo essas relações tanto por meio da linguagem como por meio de gestos e acções.


Em última análise, a reflexão é o movimento pelo qual o pensamento se volta para si mesmo; é tida como radical porque vai à raiz dos problemas. Para o filósofo não existem respostas conclusivas: cada resposta é um momento do questionamento filosófico, é um patamar na busca da verdade, que serve de apoio para a colocação de novas questões, mais profundas e abrangentes.


Em filosofia não há outra saída: nada pode deixar de ser questionado, nem mesmo o que parece inquestionável. Quanto mais óbvia uma ideia nos parecer, mais necessário é interrogarmo-nos acerca da sua verdade ou consistência. Com isto não devemos ficar com a ideia de que em filosofia as respostas não são importantes. Não devemos pensar que os filósofos se limitam a questionar por questionar, que tudo é incerto, que tudo é relativo, mas o que o que caracteriza o questionamento filosófico é o facto de ser um caminho para a verdade, orientado por um espírito de rigor e de coerência racional.


Foi com este espírito que o Professor Luís A. Umbelino, Doutorado em Filosofia e Professor Auxiliar da Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra, conseguiu “desafiar ” os alunos, levando-os às profundezas da reflexão filosófica, de tal modo que os alunos presentes participaram entusiasticamente no debate, posteriormente, levado a efeito.

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