Ainda o Dia Internacional da Filosofia

segunda-feira, novembro 30, 2009


Publicamos na infra ainda algumas reflexões sobre o Dia Internacional da Filosofia.

Qual o lugar do Homem no universo?

Afinal, qual é o lugar do Homem no universo? É, sem dúvida, uma pergunta muito difícil e com uma resposta ainda mais difícil e complexa.
Normalmente, e sem pensarmos nesta questão, quando, à noite, olhamos para o céu, vimos milhares de pontinhos cintilantes distribuídos ao acaso por um fundo preto, de modo contrastante. Parece-nos um cenário de uma peça de teatro, onde os seus actores são toda a humanidade, todos nós. E a peça vai decorrendo, dia após dia, sem sequer nos apercebermos ou ensaiarmos, apenas vivendo cada momento da nossa vida.
Na realidade, o fundo preto e os seus pontinhos cintilantes são todo o universo, tudo o que jamais alcançaremos. São as estrelas, os planetas, os cometas e galáxias. Uma imensidão que resume o nosso planeta a um “Pequeno ponto azul pálido”, como disse Carl Sagan, que serve de adereço ao tão vasto universo.
Pensando assim, e sabendo que não passamos de uma mera poeira cósmica, porque temos atitudes de auto-destruição? Será que não é ridículo pensar que podemos dominar tudo e todos quando, na realidade, não passamos de um pequeno ponto? Sendo nós tão pequenos e insignificantes, porque tomamos atitudes que comprometem a estabilidade ecológica da nossa única casa? São perguntas inteligentes sem dúvida, que deixam qualquer um sem uma resposta satisfatória.
Com tantos conhecimentos de física, química, alta tecnologia, vamos destruindo o nosso planeta, pouco a pouco, sem sequer pensarmos nas consequências. Nenhum outro planeta está disposto a acolher-nos com as condições que a Terra nos oferece. Somos tão inconscientes que nem sequer pensamos nisso quando, com gestos simples e muito habituais, poluímos o ambiente, violamos os direitos humanos, matamos ou vemos matar com indiferença,...
A nossa vida é curta e, infelizmente, todos nós perdemos tempo com coisas insignificantes − guerras e discussões. Dito por Carl Sagan …“Como se mostram ansiosos por se matarem uns aos outros. Como fervem os seus ódios”. E tudo isto por causa das diferenças culturais, religiosas, por racismo e outras tantas atitudes desumanas, que em nada nos dignificam!
Vanessa Vieira Costa - 10ºB


O planeta Terra à escala do Universo

Universo, Via Láctea, Sistema Solar, Terra, Europa, Portugal, Coimbra, Penacova, Escola Secundária de Penacova, Bloco 5, Sala 11. O que somos? De onde viemos? Para onde vamos? Sabemos que somos humanos, que nos consideramos superiores aos restantes animais por sermos dotados de racionalidade, que cada um vive a sua vida e convive com os outros com quem, bem ou mal, co-habitamos o mesmo planeta. A Terra é um pequeno ponto azul pálido, vista de Neptuno. Á escala do Universo, é um pequeno ponto quase invisível, mas é nele que toda a humanidade parece estar localizada. Afinal, o que é grande e pequeno? Escrever um texto sobre este assunto “O lugar do homem no Universo”, após leitura e reflexão de dois textos (um de Carl Sagan e outro do filósofo Roger Pol-Droit, conjugados com a observação de uma imagem da Terra obtida pela sonda Voyager 1 e o visionamento de um pequeno filme é, quanto a mim, um árduo trabalho, dado o grande número de questões que nos assolam a mente! Enfurece-me, de certo modo, saber que pouco sabemos deste “espaço” tão grande, ao qual chamamos “Universo”. Afinal, o que é o Universo? Será ele infinito? Se sim, então onde está localizado? E então, o que é o infinito? Esperem, será que pertencemos à imaginação de alguém? Estamos sozinhos no espaço? É assustador constatar o elevado número de perguntas que me assaltam! Afinal, na era científico-tecnológica, sabemos tanto e somos simultaneamente tão ignorantes perante a imensidão do que ainda há por desvendar! Quantos enigmas tem a humanidade sobre si própria e sobre o Universo! …
Teremos nós, Humanos, sido criados por um “erro” biológico? Erro do ponto de vista de quem? Nosso? De um “Deus”? Se sim, as transformações ocorridas no nosso planeta, bem como todas as catástrofes naturais, entre muitos outros factores que varrem a vida humana da face da terra, não serão um “mecanismo natural”, para re-colocar o Universo no seu rumo natural, sem Humanos? Será que fazemos parte de um desses Universos paralelos que se dividiu, e que se continuará a dividir, até ao Infinito? Mas outra vez me questiono: O que é o Infinito? Quem somos? De onde vimos? Para onde vamos? O que nos espera? Porque destruímos nós o planeta, a nossa “casa” global que habitamos e na qual, nos auto-destruímos, com ódios, guerras, racismos, xenofobias, …
Como classificar a humanidade?! Como”um erro”, tal como Roger Pol-Droit, provocatoriamente, a define? Não somos nós, enquanto humanos, seres dotados de liberdade e inerentemente de responsabilidade? Porque não defini-la como potencial agente de dignidade e de solidariedade?!...
Tiago Oliveira Ferreira - 10ºAno / Turma B


Breve sonho azul

Estás a ver aquele ponto azul pálido? É o nosso planeta e o dos nossos antepassados, o planeta Terra.
Diz-se que era e continua a ser belo. Porém, está a ser destruído pela ambição e egoísmo dos povos que nele habitava.
Este nosso planeta, a nossa “casa” é uma utopia, talvez por isso tão efémera.
As raças, as religiões, as crenças, as ideologias parecem viver numa harmonia que transmite liberdade de expressão e de conhecimento a todos os povos.
O conhecimento, peça fundamental do ser humano, é a sua grande arma e simultaneamente a sua grande destruição...
A ânsia do poder, o egoísmo, a hipocrisia, levou a que governantes, políticos e líderes supremos entrassem em conflito e utilizassem o conhecimento para a sua própria destruição.
Passaram a encontrar-se de mãos dadas o amor e o ódio. A alegria, o bem-estar, o conforto dos povos privilegiados contrasta com a fome, a pobreza e as lágrimas de alguns povos, onde reina o nada.
Porquê tamanha discrepância de condições humanas num ponto tão ínfimo da realidade como é o nosso planeta?!...
Andreia Madeira - 10ºA


A Fragilidade Humana

Todos os dias acordamos e sentimos que algo nos está a limitar a vida. Queríamos dormir mais. O cansaço deixa-nos mal-humorados. Todas as noites nos deitamos com um amontoado de preocupações na cabeça. Problemas por resolver que nos impedem de pensar no que quer que seja para além disso, e do quão injusta é a nossa vida. E nunca, nem por um segundo, nos vem à cabeça que, tal como nós, milhares de pessoas passam pelo mesmo e, tal como nós, milhares de pessoas pensam apenas em si próprias. Em si, no carro, na casa, nas férias… mas, e no local que lhes permite isso tudo? A Terra existe por acaso; nós existimos por acaso. E mesmo assim continuamos a viver de uma forma egocêntrica, como se fôssemos a única coisa que existe. Esquecemo-nos por completo que, à escala da Terra, não somos mais importantes que um grão de areia da praia mais próxima. E a Terra? Não é mais que um ponto sólido no meio de um Universo feito de nada. Um Universo de pequenas coisas iguais à Terra. Não deixa de ser irónico… um Universo tão grande, feito de coisas tão pequenas, de pequenos pixéis, e nenhum deve ser original. A Terra não é original. Há, com certeza, outros iguais a este ''pálido ponto azul''. E, com ou sem vida, eles permanecem iguais. Porque, se calhar, nós, que vivemos segundo a perspectiva que somos todos diferentes, que cada um é especial à sua maneira e que somos todos muito importantes, não temos assim tanta relevância para o ''pálido ponto azul'' em que vivemos. Talvez sejamos mesmo ''apenas um erro'' ou um acaso. Parece difícil de acreditar depois de, dia após dia, nos termos olhado ao espelho e termos encarado o ser especial, aquele que fala, o mais inteligente, o animal racional. Mas, no fundo, não passamos de seres iguais aos outros. Somos especiais, mas jamais nos distinguiremos na eterna vida do ''pálido ponto azul''. Falamos, mas não nos entendemos uns aos outros. Somos os mais inteligentes, mas somos incapazes de perceber que não há diferença nenhuma entre duas pessoas de raças, nacionalidades, religiões ou sexos diferentes; somos incapazes de perceber que somos Nada no meio do Nada e jamais seremos alguma coisa. Somos racionais, mas jamais deixaremos de obedecer aos impulsos, ao instinto que nos dominarão eternamente em situações extremas. E nós somos presas tão fáceis… somos tão fracos… tão frágeis. E mesmo assim continuamos a achar-nos especiais. Não dá vontade de rir?
Solange Craveiro, nº 2513 , 11º A


Elo mais forte?

Não é preciso comparar o nosso planeta à vastidão do Universo para entender o quão insignificantes somos.
No planeta Terra existem mais de 100 milhões de diferentes espécies, muitas das quais ou não são conhecidas ou não foram devidamente analisadas por especialistas.
No entanto, é bom ter em conta que qualquer que seja a espécie em causa, quer seja um microorganismo ou o nosso animal de estimação, todos têm uma função, todos são úteis e indispensáveis.
Apesar de todos termos noção que somos dependentes desta biodiversidade, continuamos a tratar o Planeta como se fosse uma dádiva divina com recursos inesgotáveis.
A verdade é que somos considerados como um ser superior, um ser provido de um cérebro altamente desenvolvido, com inúmeras capacidades como o raciocínio abstracto, a linguagem, a introspecção e a resolução de problemas.
Contudo, agimos como se o não fossemos.
Os seres humanos são sociais por natureza, sendo, particularmente hábeis em utilizar sistemas de comunicação, principalmente verbal, gestual e escrita para se auto-expressar, trocar de ideias e se organizar. No entanto, o que melhor sabemos fazer é espezinharmo-nos, desrespeitarmo-nos de maneira a ter mais dinheiro, poder ou mais êxito que qualquer outro. É essa interpretação que fazemos do funcionamento da sociedade, são esses os seres sem escrúpulos que lideram o nosso Planeta.
Somos considerados seres racionais por excelência, aliás o cérebro humano é visto como o mais "inteligente" e capaz cérebro da natureza, superando o de qualquer outra espécie conhecida. Porém, somos egoístas ao ponto de utilizarmos de maneira abusiva e descontrolada o que a natureza dispõe, a fonte primária de recursos para a vida diária, que nos fornece comida (colheitas, animais domésticos, recursos florestais e peixes), fibras para roupas, madeira para construções, remédios e energia.
Sobrevalorizamos tudo o que de nós faz parte, encaramo-nos superiores relativamente às inúmeras espécies que existem, quando nos igualamos na nossa constante luta por um espaço, por alimento, por atenção. Quando o que queremos é sobreviver a qualquer custa, fazendo de nós os predadores e os outros as nossas presas.
A conclusão que se pode tirar é que apesar de as habilidades cognitivas humanas serem muito mais avançadas do que as de qualquer outra espécie, a maioria destas habilidades podem ser observadas, na sua forma primitiva, no comportamento de outros seres vivos. Muitas espécies demonstram que não é necessário ter olhos, ouvidos ou até um cérebro extremamente desenvolvido para ser bem sucedido.
E há algo que os Homens nunca podem esquecer: um dia quando a Humanidade acabar, nada restará da nossa existência a não ser meras histórias que, provavelmente vão ficar por contar.
Mas, e o Planeta Terra? Esse continuará a existir como um ponto pálido na imensidão do Universo.
Diana Carvalho, nº2486, 11º A


Reflexão – Dia Internacional da Filosofia

Todo o ser humano é um ser que ama, que pensa, que se relaciona… mas também é um ser que despreza e conflitua.
Todo o nosso dia-a-dia, os nossos anseios, esperanças, desejos, suspiros, risos, tristezas, amizades, amores, conflitos, desentendimentos, guerras… são vividos no planeta Terra, que, por incrível que pareça, é um simples pálido ponto azul na infinidade do universo.
É verdade, tudo aqui parece grande e da mais grandiosa importância, mas se pararmos bem para pensar, não será que fazemos demasiado alarido para uns simples habitantes de um pálido e minúsculo ponto azul?
Não é já tempo de dialogar e raciocinar em conjunto; dar as mãos pelo saber e pela procura do saber; e dizer inequivocamente que não desejamos guerras e fazer, de facto, o que é preciso para haver a paz, esse estado de espírito utópico que todos almejamos mas que, de facto, não procuramos verdadeiramente. Não é preciso pensar muito… basta lembrarmo-nos do que realmente somos: seres HUMANOS! Sim, nós somos humanos e muitas vezes mostramos pelo que somos quando damos a mão a quem precisa; quando preferimos conversar, expor os nossos pontos de vista e não partimos de rompante para a violência; e, sobretudo, quando damos a quem precisa um pouco que seja daquilo que nós também precisamos.
E antes de fazermos isto tudo, de sermos o que somos ou o que devíamos ser, partimos para a conquista do espaço! É, de facto, grandioso. Fazemos esforços para agarrar mais um pedaço de terra para que, inevitavelmente, seja corrompida pela ganância “humana” e sua forma estranha de viver – numa imensidão de fumo e nevoeiro cinzento. E o mais incrível é que nos preocupamos com as questões ambientais - com a protecção do nosso planeta! Por favor, já não é tempo de chegar à brilhante conclusão de que o que estamos a estragar e a aniquilar é a nossa existência? O nosso planeta viverá longos anos até que o Sol expluda. Preocupemo-nos sim, com o bem-estar global do ser humano e dos seres que com ele partilham este pontito azul.
Enfim, perante tão grandiosa existência, o ser humano deve-se interrogar: Como é que tanto sentimento, como é que tanta alegria, tristeza, amor e conflito cabe num tão pequeno e insignificante pálido ponto azul, na infinidade do universo?
Gonçalo Engenheiro, Nº2445, 11ºA




A supremacia limitada do homem

Podendo observar a Terra, a humanidade, o Universo, a vida de outras formas, caímos num acto de reflexão profundo que, podendo até levar a um resultado sem conclusões diferenciadas, nos permite reter um campo de visão diferente do que, de facto, é a humanidade, o universo, a vida, o nosso planeta…
Porque não considerar a humanidade como um erro? Porque não olhar para a Terra de um lugar no infinito universo de onde o seu vestígio de existência seja apenas um pixel? Sim, podemos fazê-lo, mas talvez o homem não deixe o seu egocentrismo para trás e permaneça interpretando a vida apenas à sua maneira.
A vida na Terra gerida pelo homem é repleta de rotinas, tradições, costumes, crenças… tudo passa sobretudo por dias rotineiros, onde a vida e o viver são como posses específicas e quase objectivas, sem grande poder de alteração. Além da humanidade se resumir a uma vida prática, por vezes desgastante e sem sentido, temos as guerras sem nexo inventadas pelos homens, a fome gananciosa de luta por posses num, afinal, ínfimo pixel do Universo. Será isto o verdadeiro sentido da vida, do viver? Seremos nós, enquanto humanidade, um erro biológico?
Podemos ainda comparar o homem aos restantes seres que habitam o planeta, e de imediato surge a questão da supremacia humana perante todos os outros. Partindo da grande diferença, a racionalidade que existe nos homens e os distingue das outras espécies, a hipótese de considerar a humanidade um erro ganha maior relevo, isto porque, se pensarmos de outra forma, o facto de os homens serem dotados de racionalidade não trouxe grandes vantagens à vida, ao nosso planeta. A humanidade está a caminhar para um profundo esquecimento, e essa marcha segue de uma forma acelerada muito por culpa da intervenção desajustada do homem, quer em si mesmo, quer na Terra, e tudo isto fruto dessa sua capacidade de inovar e da qual advém a ganância.
Tudo isto se torna paradoxal quando reflectimos sobre estas questões e nos colocamos do outro lado, com vontade e com capacidade para mudar, tornar melhor a vida e aproveitar apenas os lugares físicos e os emocionais que conseguimos encontrar no nosso mundo humano que valem a pena.
Então, tendo em conta que a situação descrita por todas estas palavras não passou de uma simples nuvem indicativa de uma possível verdade, será a supremacia do homem ilimitada? Afinal, a vida, a humanidade, a razão, são apenas pequenas partes de um pixel que é a Terra…
Ana Rodrigues 11ºA Nº2438


O Lugar do Homem no Universo

É impressionante, no mínimo impressionante...
Achamo-nos a melhor das melhores espécies existente à face da Terra, e provavelmente até fora dela… o que interessa é que nos achamos a melhor de todas. O que é preciso ter em conta é que, a Humanidade, nós, humanos, não passamos de uns seres insignificantes em relação à infinidade (crescente, há quem diga) do enorme e colossal Universo.
Vista do espaço, de um satélite qualquer, da autoria desta insignificante Humanidade, o nosso minúsculo planeta não passa disso mesmo, de um planeta miseravelmente pequeno, um pontinho azul visto a algumas unidades astronómicas do sistema solar. Perante esta impotência da nossa Humanidade e do nosso planeta, há quem inclusive Nos considere um erro. No gigantesco e preto universo, por alma de quem, numa pequena bola azul, se iriam formar indivíduos que se chamaram de humanos? Terá todo esse processo constituído um pequeno erro à escala planetária? Ou mesmo a nível universal…?
Existem teorias científicas e religiosas que se esforçam por tentar explicar este grande pequeno acontecimento – a criação do homem. Grande da nossa perspectiva, pequeno e indiferente a alguns anos-luz, noutras galáxias…
É impressionante, no mínimo impressionante a indiferença da relação humanidade – Universo infinito…
João Gouveia 11º A N.º 2446

2 comentários:

  • David Almeida

    Gostei muito dos vossos textos.Nos tempos paradoxais que vivemos e que parecem querer menorizar a filosofia nos currículos académicos,é com agrado que vemos que o questionar filosófico continua vivo e rejuvenescido.
    David Almeida
    Penacovense
    Licenciado em Filosofia

  • Heliana

    Não li os textos que serviram de base para as redações desses alunos tão inteligentes, com certeza algo de bom refletiu-se: o questionar filosófico, porém preocupou-me o fato de haver uma tendência para o negativo, o fato de acreditar no acaso e não entender a humanidade como oportunidade de evolução. Penso que não está fácil de se viver no mundo de hoje, que existem muita scoisas erradas e diferenças gritantes em todos os meios, porém resta definir, na minha opinião, se acredita-se em um Deus ou não, e se se acredita, pensar como um ser considerado perfeito, bom, justo, poderia permitir tamanhas diferenças, discrepâncias, se não tivesse o único intuito de ver uma evolução?