Consumismo na época natalícia

quarta-feira, janeiro 05, 2011

Quase que se pode dizer que, hoje em dia, as pessoas quanto menos ganham mais gastam. E, no Natal, bem que se pode observar, ainda mais, isso.
Senão vejamos: Portugal está no “buraco”, há crise, há falta de emprego, há dívidas e a única coisa que não há é o dinheiro. Face a este cenário, o tradicional português devia pensar em enfeitar uma modesta árvore de Natal (o pinheirinho natural sempre pareceu melhor, perdoe-me a Natureza), deixar de lado as luzes externas e fazer um prato de filhós para levar aos vizinhos como prenda de Natal, porque, e bem que diz a Associação Portuguesa para a Defesa dos Consumidores, “o que conta é a intenção”. Ora, mas alguém faz isto? Não.
A árvore de Natal tem que ser do maior tamanho que se encontrar e toda ela ornamentada por mil e um bonecos mais mil e duas fitas; a iluminação no exterior tem que fazer lembrar uma central eléctrica e ofuscar o “brilho” do vizinho e os presentes, bem, esses têm que ser “à grande e à francesa”, que o povo anda a viver bem.
Em tempo de crise e, em particular, na época natalícia não se pensa em amor, qual quê? Dinheiro, compras, sapatos, Nenucos e Barbies, carros novos, de brincar e daqueles a sério, barcos,…
Falta dinheiro, falta emprego, mas nunca há-de faltar o consumismo excessivo que habita no coração das pessoas.


Joana Rodrigues, 11ºB

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